Francisco de Goya estava prestes a completar 73 anos, em fevereiro de 1819, no momento em que decidiu abandonar o centro de Madrid. Deixou de viver em Desengano -canto Valverde, não é uma metáfora – pra ser instalado naquele agosto numa fazenda de fora, do outro lado do rio, perto da ponte de Segóvia.
Havia passado da batalha, uma enorme depuração pra provar que não era um desleal afrancesado e todas as vicissitudes de uma volta à ordem desastrosa. E ainda lhe ficava o exílio em Bordéus. O bicentenário nesse momento estelar da nossa História da Arte coincide com o do Museu do Prado, onde são exibidas entre as obras mais primordiais do pintor.
- Visitar exposições em família
- Os musicais
- 165 Km de chegada Passam por Insígnia, os fugitivos, tirando um minuto mais sobre o pelotão
- Reconhecer algumas patologias comuns da pele
- Dubrovnik (Croácia)
E a efeméride permite retornar a fazer-nos muitas dúvidas interessantes sobre isso Goya e o seu tempo, pra captar melhor essas pinturas, que foram arrancadas da Quinta do Surdo de modo imperfeita para salvá-las. Por que as fez? Eles são de fato tão estranhas? O conservam o valor original?
Compra da residência com horta em um estágio de preocupação. Sua esposa, Josefa -Pepa – havia falecido em 1812 em Madrid ocupado. Durante a competição continuou trabalhando para a Casa Real -por este intervalo do Rei d. José I – e, atendendo a pedidos por sua fama de amplo retratista. Também pintou teu neto e, calmamente, começou a trabalhar em os Desastres da guerra, durante o tempo que desenha com assiduidade, depurando um espiar moderno, em Álbuns C e D. Mas a começar por 1818, neste momento não vai para particulares.
Lembre-se Jesusa Vega que a estampa Morreu a verdade ilustra, em termos alegóricos esse cainismo desligado ao encerramento da batalha. E revisita o tópico do Colosso com a gravura do Gigante sentado, derrotado, neste momento de “constatação de seu progressivo isolamento social e liberdade individual”. Paradoxalmente, é assim como um tempo de nostalgia, de apego à família, marcado por algumas luzes que Goya se agarra, como esse velho que contiver, em Bordéus, no tempo em que você anda com bastões, intitulado Ainda aprendo. Nem tudo é desilusão: no momento em que compra a Quinta do Sordo (chamada dessa maneira pela surdez de teu anterior proprietário, e não a sua), ainda está aprendendo a nova técnica de litografia.
Surpreende a tua vitalidade: a compra, reforma, mudança, instalação e entrar com as Pinturas Negras. Sem dúvida, no conclusão do ano, tudo isto passa factura e o pintor cai gravemente doente. Com o foco de morrer de febres tifoideas (outra sequência das privações da competição, na cidade).
Se salva pelos cuidados do médico García Arrieta, próximo ao qual se retrata, delirante, numa caixa que, pra Vega é “um exvoto”. Conta Jesusa Vega que as Pinturas Negras são únicas, todavia não tão raras, como somos acostumados sonhar: “São um exemplo de que forma se decoravam as casas no século XVIII, o exercício de papel de parede e murais, era usual. As casas têm quartos mais menores pensados para um exercício específico.